03 abr O tipo de pé e a pisada têm relação com as lesões?
Será que o tipo do seu pé e o tipo da sua pisada tem relação com suas lesões?
Você provavelmente já conhece os três tipos de pisada: neutra, supinada e pronada. Cada uma delas tem a sua particularidade e tênis específicos, que teoricamente ajudam a desgastar menos a musculatura e evitar lesões no futuro. Mas estudos indicam que quando associadas aos tipos de pé (plano, cavo e normal), as pisadas podem ter relação com as dores constantes de alguns pacientes.
Apesar de não ser uma regra, pés planos normalmente estão ligados a pisadas pronadas, assim como os cavos costumam apresentar supinação e os normais, pisada neutra. “Com certeza pessoas com o pé plano podem ter maior tendência a fazer uma pronação maior do que quem tem pé cavo, mas isso não é fato determinado, nada impede de que corredores com pé cavo tenham por exemplo tendinopatia do tibial posterior (lesão relacionada a pés planos)”, reforça o fisioterapeuta Claudio Cotter.
Uma pesquisa norte-americana analisou mais de 3 mil voluntários em busca da relação entre esses dois elementos e a ocorrência de lesões, e obteve evidências fortes de que a pronação e o pé plano estão diretamente ligados à dor no arco do pé.
Outro artigo acrescenta que existem possibilidades mais fortes de dor nos joelhos para esses pacientes; no caso dos pés cavos com pisada supinada, há maior probabilidade de dor nos tornozelos.
Para evitar essas dores, Cotter recomenda alguns exercícios de equilíbrio e também a segmentação de cada momento de uma passada: “Trabalhamos de forma repetitiva cada movimento para integrar a informação no cérebro. É o mesmo processo do aprendizado motor da escrita da criança, por exemplo”.
“No final vemos que independente do tipo de pisada, o que conta é o quanto a musculatura tem uma boa sinergia de forma geral, a relação entre os músculos é mais importante do que preparam um músculo específico pelo tipo de pisada”, explica Cotter.
O fisioterapeuta acredita que, quando os músculos estão treinados para atuar em sintonia, não há sobrecarga e as dores são minimizadas.
Fonte: O2 Corre
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