19 fev Testes de Pisada e Palmilhas – Mitos e Verdades
Testes de Pisada e Palmilhas em Lojas ou Eventos são Mesmo Válidos?
Testes de Pisada e Palmilhas. A maioria dos corredores de rua que chega a um consultório médico ou de fisioterapia já passou por algum tipo de teste de pisada em alguma loja ou evento esportivo.
Não gostaria que fosse tomado com um tom de crítica, mas já são conhecidos muitos estudos de biomecânica, com mestres e doutores na área, em horas e horas de projetos para definir parâmetros de avaliação, com várias câmeras especiais, baropodometria, avaliações posturais com testes neurológicos e não vejo como um vendedor em uma loja esportiva poderia ter conhecimento, parâmetros e recursos para definir tipos e padrões de pisada.
A verdade é que trata-se de uma avaliação realmente muito complexa, há muitos estudos em andamento, mas já temos tratamentos baseados em evidência científica que possibilitam a confecção de um tipo de palmilha específico, após avaliação postural, testes neurológicos e baropodometria computadorizada que funcionam como ótimo recurso no tratamento de patologias ortopédicas ligadas a marcha ou a corrida.
Essas palmilhas não têm nada a ver com aquelas que dão suportes para os arcos do pé ou compensam diferenças entre membros, são palmilhas que dão pequenos estímulos de milímetros em regiões específicas do pé e ajustam a postura e a pisada como um estímulo constante, assim como o tratamento postural faz, seja RPG (Reeducação Postural Global) ou Força Dinâmica (Tratamento Postural Dinâmico), que reprograma toda a postura e a coordenação motora para tratar e prevenir lesões ortopédicas, desde uma fascite plantar, até lombalgias e dores nos ombros, funcionando como um coadjuvante importante a estas técnicas.
Esse tipo de palmilha é conhecido como Palmilha Proprioceptiva, e a avaliação é feita dentro dos conceitos do que chamamos de Podoposturologia, ou seja, a análise de como a pisada influencia na postura, chegando até mesmo a avaliar a oclusão dentária e a diferença de visão entre os olhos e como isso interfere no posicionamento da cabeça sobre a cervical.
Assim, fechamos o corpo numa análise global, entendendo como a forma na qual nos relacionamos com o solo e com o ambiente à nossa volta pode interferir na nossa postura e como esta pode nos levar a uma lesão ortopédica, como a nossa coordenação motora molda o nosso corpo numa forma postural e como essa forma nos leva a gestos específicos e individualizados que nos levam a determinadas atividades específicas e nelas a lesões específicas.
Para entender é só vermos como o gesto de cada esporte é específico e como isso molda o corpo dos atletas a ponto de reconhecermos qual esporte o atleta pratica só de olhar sua forma, sua postura.
Fonte: Webrun
Artigo Escrito Por:
Claudio Cotter | CREFITO 30874-F
Instagram: @fisiocorredor
- Graduação em Fisioterapia pela Universidade Cidade de São Paulo;
- Especialista em RPG;
- Formação no Método Busquet;
- Pós Graduado em Medicina Psicossomática – Associação Brasileira de Medicina Psicossomática;
- Ex-Fisioterapeuta da Seleção Brasileira Feminina de Futebol (CBF);
- Colunista do Portal Ativo e Webrun;
- Ultramaratonista;
- Consultor da Mizuno segmento running;
- Sócio-fundador da CM.2 Clínica Multidisciplinar.
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