O Mito da Avaliação Postural da Criança

22 dez O Mito da Avaliação Postural da Criança

A Avaliação Postural da Criança

A avaliação precoce da postura de crianças já é uma realidade. Não porque exista alguma tecnologia nova ou porque alguma técnica de tratamento nova foi desenvolvida, mas principalmente por questões conceituais.

O que era tido como regra por médicos, fisioterapeutas e dentistas até pouco tempo atrás era o conceito de que, se a criança só chega na maturidade do Sistema Neurológico, da formação da personalidade básica e da sexualidade por volta dos 9 anos, não faz sentido avaliar a postura antes disso. Errado!!

O mesmo conceito ainda é aceito por alguns dentistas, que esperam os dentes crescerem naturalmente e só começam a intervir depois que a criança já esteja com grande parte dos dentes definitivos. Pode ser tarde demais para alguns ajustes!!!

A verdade é que com o tempo e experiência, percebemos que ao direcionarmos o crescimento, a criança tende a desenvolver melhor coordenação motora desde cedo, o que gera uma postura mais saudável na vida adulta. No caso da dentição, também é possível direcionar o crescimento dos dentes e o desenvolvimento da arcada dentária deste cedo com conceitos já desenvolvidos há muitos anos na Ortopedia Funcional dos Maxilares (especialização para Dentistas), o que gera uma boca mais saudável, gerando assim uma mecânica mastigatória mais natural, fato que interfere diretamente no desenvolvimento da postura.

As cadeias musculares ou Cadeias Fisiológicas, como Leopold Busquet prefere chamar, fazem a ligação e influenciam todos os sistemas do corpo como, Sistema Neurológico e Visceral e inclusive interligando todos esses sistemas pelo Sistema Músculo Esquelético e relacionando a cervical com o Sistema Estomatognático (Mastigação, deglutição, sucção e fala).

O  Método Busquet visa tornar a relação entre as cadeias musculares mais natural, livre de interferências de tensões excessivas que a criança também pode gerar assim como o adulto, pela posição do estudo, no computador, assistindo televisão, operando celulares e tablets, mas principalmente pelo fato de que um corpo com estas tensões interferentes desenvolve erros biomecânicos que atrapalham a coordenação motora, o que gera as alterações posturais. A partir de um corpo livre destas interferências e com uma melhor qualidade de movimento sabemos que a postura da criança tende a se desenvolver de forma mais saudável.

Uma boa avaliação passa por entender os hábitos de dia a dia da criança, forma de mastigar, atividades esportivas e recreacionais, qual o perfil da criança, como ela se relaciona na escola e em casa. Não podemos olhar para um corpo estático e achar que podemos entender como esta criança está se desenvolvendo. É preciso uma visão analítica precisa e acompanhamento por alguns anos se necessário.

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Artigo Escrito Por:

Claudio Cotter | CREFITO 30874-F

Instagram: @fisiocorredor

• Graduação em Fisioterapia pela Universidade Cidade de São Paulo;
• Especialista em RPG;
• Formação no Método Busquet;
• Pós Graduado em Medicina Psicossomática – Associação Brasileira de Medicina Psicossomática;
• Ex-Fisioterapeuta da Seleção Brasileira Feminina de Futebol (CBF);
• Colunista do Portal Ativo e Webrun;
• Ultramaratonista;
• Consultor da Mizuno segmento running;
• Sócio-fundador da CM.2 Clínica Multidisciplinar.

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