03 maio Glúteo médio: sua importância e como trabalhá-lo corretamente
Você sabe como trabalhar o Glúteo Médio corretamente?
De uns anos para cá, diversos estudos mostraram a importância do glúteo médio para se ter coluna, quadril e joelhos saudáveis para correr e caminhar. Quando pensamos em músculos, a primeira coisa que vem à cabeça é se perguntar se estão fortes ou fracos, alongados ou encurtados. Por mais estranho que isso pareça, na prática encontramos pessoas bem alongadas e muito fortes, mas que estão sucetíveis a dores e lesões. O contrário também ocorre – pessoas “fracas”, mas sem dores e lesões. Isso porque nossa referência está errada quando achamos que fortalecer e alongar resolvem todos os problemas.
Por causa da onda de artigos sobre o glúteo médio, as pessoas começaram a fortalecer incessantemente esse músculo, gerando tensionamento excessivo, dor local ou até mesmo na lombar. Claro que o resultado pode variar em cada caso, mas o que geralmente ocorre é um desequilíbrio muscular importante, bloqueio de micromovimentos (importantes para dissipar forças de atrito em articulações, ajudando no ajuste biomecânico) e a ineficiência deste músculo como estabilizador lateral da pelve.
Percebendo o glúteo médio e seu trabalho
Para entender o papel do glúteo médio é só colocar as mãos a cintura, logo abaixo da crista ilíaca (aqueles ossinhos salientes) e ficar sobre um pé só. Note que o lado que se contrai é aquele cujo pé está apoiado. Essa contração acontece para evitar a queda da pelve (bacia) para o lado do pé que está no ar.
O trabalho de ativação do glúteo médio deve seguir um contexto funcional, trazendo o músculo para o seu funcionamento natural. Quando fortalecemos um músculo fora de sua função e em excesso, estamos ensinando nosso cérebro que este músculo deve ser mais rígido. Dessa forma, a musculatura acumula tensão local, que se traduz em um aumento de atividade neural e de colágeno. Quando trabalhamos o músculo dentro da função, o cérebro entende o momento certo de ativá-lo como estabilizador e isso gera eficiência biomecânica (tanto na corrida como ao caminhar).
O que pode ser feito
Na prática, o ideal é sempre fortalecer a musculatura com o corpo mais próximo possível da posição em que a região precisará ser ativada. Exercícios de equilíbrio unipodal (em um pé só) normalmente são ótimos para trabalhar o glúteo médio. Entram com complemento as pranchas laterais, mas não há necessidade de ficar competindo por vários minutos na posição. Existem variações de prancha lateral com movimentos que provocam estabilizações diversas e que se mostram mais interessantes. Lembre-se de que a variação de estímulo é outra parte fundamental da evolução do corpo e dos treinos!
Fonte: Ativo
Artigo Escrito Por:
Claudio Cotter | CREFITO 30874-F
Instagram: @fisiocorredor
- Graduação em Fisioterapia pela Universidade Cidade de São Paulo;
- Especialista em RPG;
- Formação no Método Busquet;
- Pós Graduado em Medicina Psicossomática – Associação Brasileira de Medicina Psicossomática;
- Ex-Fisioterapeuta da Seleção Brasileira Feminina de Futebol (CBF);
- Colunista do Portal Ativo e Webrun;
- Ultramaratonista;
- Consultor da Mizuno segmento running;
- Sócio-fundador da CM.2 Clínica Multidisciplinar.
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