Desenvolvimento Motor e Estimulação Neuropsicomotora em Crianças

25 set Desenvolvimento Motor e Estimulação Neuropsicomotora em Crianças

O desenvolvimento motor é um processo que acontece ao longo de toda a vida, entretanto ele é mais evidente durante os primeiros anos da infância. Nessa fase, os pais acompanham passo a passo a aquisição de novas habilidades motoras do bebê e da criança, a melhora do controle dos movimentos, do seu desempenho nas brincadeiras e no ganho de independência.

Durante o crescimento, a criança passará pelas fases do desenvolvimento motor adquirindo habilidades mais difíceis e refinadas: o bebê nasce e logo começa a firmar a cabeça e prestar atenção em barulhos; começa a rolar para alcançar

os brinquedos, levá-los à boca ou jogar, repetidas vezes, no chão.

Mais para frente, ficará sentado sem apoio, e logo em pé e dando os primeiros passos cambaleantes, se tornando cada vez mais hábil nesse e em outros movimentos.

Todo esse processo de desenvolvimento depende dos estímulos aos quais a criança é exposta, da experimentação dos movimentos e também da aprendizagem, sendo influenciado por fatores genéticos (como no caso das síndromes genéticas), biológicos (como a alimentação), ambientais (como é a casa ou a escola), e sociais (como o contato com a família e as pessoas a sua volta).

A estimulação Neuropsicomotora é usada para minimizar o atraso do desenvolvimento (no caso das crianças, prematuras, com deficiência ou alguma outra questão de saúde) e ajudar as crianças saudáveis a se desenvolver melhor. Para isso, agregamos ao tratamento fisioterapêutico individualizado, o ganho de novas percepções, da aprendizagem e do movimento a partir da estimulação dos sentidos.

Isso quer dizer que, além de promover o movimento adequado, também estimulamos o tato (com a percepção de diferentes texturas,

tamanhos e formas de objetos), a audição (diferentes sons, músicas, fala), visão (cores intensas ou contrastantes), olfato (óleos e massagens), vestibular (percepção do nosso corpo no espaço ao nosso redor para podermos correr com equilíbrio, por exemplo) e propriocepção (perceber a posição do nosso próprio corpo sem estarmos olhando onde está cada parte dele, o que nos permite, por exemplo, andar sem ficar olhando para os pés).

A criança que é ativa, brinca, interage, estuda e consegue concluir suas atividades e alcançar suas metas; e, na fase adulta, se torna uma pessoa mais independente, vivendo uma vida com mais qualidade.

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Artigo Escrito Por:

Jéssica Santos | CREFITO 3/225556-F

• Graduação em Fisioterapia - USP;
• Mestranda em Ciências da Reabilitação pela FMUSP;
• Pós-graduanda em Aprendizagem, Desenvolvimento e Controle Motor pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS;
• Atua principalmente em Neonatologia e Pediatria, com foco em Estimulação do Desenvolvimento NeuroPsicoMotor e no tratamento de distúrbios neurológicos e músculo esqueléticos.

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